Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

2.6.09

O teu Segredo













Não sabes, fingindo…

As cores transformas em cinzas,
Com os lábios cerrados te enganas,
A voz esquece seus talentos!

Há sempre aquele aperto terno e suave,
Que é palavra curta mas extensível,
Flor primaveril em botão aprisionada,
Uma expressão que foge calada…

Os sóis dos teus sorrisos denunciantes,
As brechas por onde a emoção espreita,
O orvalho na alma denunciado,
E o suspiro é libertado, subtilmente.
Ele não mente!

No crepúsculo abres teus aposentos
E libertas o voo que é sonho sem destino,
Viras-lhe, no entanto, o rosto,
Escondes-te desse luar
E teimas ser desse tal divagar
O implacável guardião!

Não fazes mal, não!
É assim que se constrói um segredo,
É nessa magia que cresce um mundo perfeito,
Nesse respirar profundo que sorri
Que o olhar brilha fechado
Diante de um trono molhado
Onde chega a maresia do encanto
E, sem que destapes o teu manto,
Ele deixa trespassar uma luz suave,
Num voo livre de ave,
Que, de vez em quando,
Eu sinto poisar em mim!


S.

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