Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

18.1.12

Velejador do tempo





Velas espreguiçadas,
Vagas de raiva espumadas,
Mastro, ponteiro desnorte.
Sangue em lava, corpo gelado,
Oceano rasgado
Enquanto os dias empurram o luar…
Vai-se atrás, em frente,
Despe-se o rosto dormente,
Cordas que fecham mãos calejadas.
Sabe-se, ainda que incerto
Que há bonança adiante
Mesmo que, de tão perto,
Tarde… como um amante…
Cansaço desprendido,
Valentia desmedida,
Ser além do que se é
Para ser proa ou ré,
Também!
Ah revolta de quem ama!
Poder de quem supera,
Vontade que brama
Sem ruído,
Com olhos de terra lavada,
Vestidos de azul e cinza!
Não há remos, são braços.
São corações à boca
Que dão ao mar abraços!

Sem comentários:

Enviar um comentário

free counters