Just a Silent thought to share
14.3.12
Mar de olhar rebelde
De tão imenso, também tu tens cadeias
Ainda assim caminhas sobre ti,
Rebolas em teus próprios lençóis,
num monólogo constante.
Teu silêncio é murmúrio de amante
é crepitar de um fogo salgado
em labaredas brancas.
Acolhes todos os sóis
e as lágrimas de todas as tempestades.
Continuas a ser tu!
Um azul rebelde e manso
de sal, adocicado,
onde se deitam todas as marés tristes
e onde acordam todos os momentos felizes.
Enquanto todos te querem
eu possuo-te
porque, não te tendo meu,
assim vais me pertencendo...
Até que eu não exista mais!
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