Just a Silent thought to share
30.8.12
Sintaxe de bagos de uva
No reboliço dos teus olhares fugidios
eu sinto a efervescência de lábios em chama
apelidados de melodia
que descem a meus seios se aninhando...
As balbuciadas palavras entrançadas de suspiros
escorrem vindimadas sem rumos traçados
sem metas de êxtase...
sem luares nem sóis...
E sinto o calcar suave dos bagos doces
acariciantes amantes que me desvendam
enquanto entre os lábios me embriago
desse favo luxuriante e possessivo
vinho mel
na pele
tu...
Ah palavras de néctar espumado
que me trazes ao leito frutado
entre pétalas de rubor
timidamente gemidas
no rodopio que se avoluma,
na delicia desta bruma,
enquanto a maresia nos cobra
o suor luxuriante
delito absolvido
pela maré matinal.
Amortizados os desejos
apetites diluidos na seiva do encanto
e escreve-se o sorriso
o êxtase do agora selado
e o beijo lacra o sagrado
da pertença sem preço
num aroma raro
que apenas nós voltaremos a celebrar!
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