Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

25.3.09

Permanente...















O que trazes nas falésias dos teus dedos?
Quantas travessias teu mar empurrou sob o sol do anoitecer?
Onde se refugiaram as cores do teu olhar poisado no meu?
Quantas marés, beijando a rocha, percutiram nossos sonhos?
Lá vão as águas, rio abaixo, como loucas!
O vento arrancou as palavras de amor e paixão que não foram reveladas.
Mas quem sentiu o corpo tremer e arrepiar escreveu, a tinta permanente, todas as partilhas...
Comprei um dia que estendi no tempo até perder seus confins.
Hoje não releio o rolo de telas e fantasias porque as sei de cor...
Há, por perto, flores frágeis, de fragrâncias que não me encantam.
Levedam as estrelas para que seu canto seja gritante em meu semblante...
Mas a chuva não cessa, caindo seca e pesada, como pedra lavrada.
Banho-me nela para até que a própria dor me ensine a vence-la.
Não me espreites nos intervalos da partida.
Não ocultes a iminente fugida.
Não te esqueças que nunca te ensinarei a esquecer de mim!

20090323

S

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