Há um espaço…
Um extenso compasso de águas que deixam de bailar!
Elas esperam por palavras…
Bebem uma emoção nunca degustada
E devolvem um espelhado mágico…
Letras de sol deitado, de nuvem chorada,
De estranhas loucuras de pele…
Embaraços de estares e incontinências,
Platónicas envolvencias,
Estados de alma pura
Que nunca, em sua loucura,
Aprendeu a ser malícia…
Não há brisa que beije as folhagens,
Nenhuma flor cresce ou murcha,
Apenas o ar é puro,
As pétalas são virginais,
As cores são inventadas na palete dos sentidos…
Tudo por um momento leve,
Transposto para um outro estado sem lei,
Coberto de estrelas palpáveis,
De tesouros escondidos,
De luares reunidos,
De expansão multicor…
Um invólucro de paixão permanente,
De amor eterno,
De ninfa secreta,
De beijos perplexos…
De um mundo interminável
De palavras sem voz…
São momentos mudos onde brotam sonhos,
Sons inaudíveis de dor e alegria,
Canções que não se escrevem,
Pautas nunca gemidas por dedos,
Mas são toques de prazer sem movimento,
Saudades profundas de mil momentos,
Intermináveis declarações nunca ditas
Mas escritas…
São Silêncios de Ouro!
S.
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