Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

3.4.09

ACONCHEGO

Noites sem estrelas!
Apenas a lua insiste em ficar!
Não fala, nem canta, não se move,
apenas me deixa contempla-la.
Vejo as casas escuras, janelas que luzem,
sombras indefinidas que dançam
nas brisas que as seduzem...
e, mais adiante, o mar, espelho negro,
mágico, que embala e sussurra
versos que não posso traduzir.
Tu me achaste assim, perdida,
cantaste em meu peito a pétala
de uma roseira florida.
Dança comigo sem música!
Apenas balança com as ondas
e olha-me no luar.
Teu abraço me aconchega em tua voz,
e me prendes sem correntes
apenas com o que sentes,
e arrepias-me num beijo calado.
És meu ninho quente e protector,
meu barco, meu farol,
minha cama, meu lençol,
meu medo de querer
um sonho que não posso ter!
É denunciante a tua expressão
quando meu olhar te busca e deseja,
quando minha mão, teu rosto beija,
e encontra doce paixão!
Mede a largura dos teus abraços!
Cola-os em mim definitivamente.
Adormece comigo ao luar,
e quando a manhã acordar,
não se vai o encanto,
fica o alento
de continuar a sonhar!

S
28Novembro2007

Sem comentários:

Enviar um comentário

free counters