Olhar um vazio e preenche-lo
com a silhueta daquela voz que dança no pensamento
e esperar que ganhe forma e corpo...
Repetir seu nome na tentativa de possui-lo,
não escreve-lo para que não seja roubado,
ou visto, invejado, ou querido...
Querer possuir sem, contudo, demonstrar,
pois afinal, amar é pertencer e dar!
Chorar sem precisar... apenas porque a ausência dói,
como se algo em nós faltasse!
Se amar não fosse ter, querer, unificar...
porque doeria tanto a fuga, a distância,
o silenciar?
Ser...
só é possível sem metades.
Amar é unidade, não fragmento.
Saudade bilateral, mutualismo,
simbiose no desejo e na verdade,
sonho comum, mesmo que impossível.
O amor não é banal, gasto, esquecido, ultrapassado!
A palavra parece esgotar-se em bocas indignas
as letras sofrem e os sentidos divergem,
mas a verdade prevalece!
Porque há quem ame, quem volte a amar,
quem não desista de escrever que é seu sonho
um amor de vida inteira!
Mas querer ser amado é um direito,
de quem descobre que deve amar primeiro!
S
12Outubro2007
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