Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

6.6.12

Seara do tempo





Debulho o tempo atrás dos montes
e junto palavras fósseis
das vozes gemidas em vida.
O sol não vinca o horizonte
que deixou de ser sorriso
nem beijo de nuvem e mar!
E declamo débil esperança
na rega lacrimal qual criança
enquanto enterro um verbo
que o mesmo tempo que se foi
lhe devoverá a alma por certo.
Basta a pureza de um gesto
porque a morte é gestacional
de um rebento virginal
tão belo quanto maior
mais eterno o amor
com que algures a promessa se cumpriu!
Partirei as vezes que for...
voltarei a sentir o sabor
desse reacender flamejante
que a eternidade garantiu
resguardar!
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