Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

17.5.09

-Te










Arrebato-te nas cores dos intervalos do tempo.
Invólucros de sol e chuva pendem-me do olhar
E dilato tuas expressões na avidez da descoberta
De cada pensamento que tentas controlar.

Esbato as asas nas fugas engenhosas das palavras...
Lanças-mas com mel e delírios estonteantes,
Flagrantes, meus desejos prisioneiros, tu lavras
E rendem-se num medo contornado por prazer…

Voltagem desmedida de sentir profundo e louco
Em teus braços vertido, sem contenção revelado,
As defesas caem como flechas flácidas
Num chão macio e fresco, florido, relvado…

Contorço-me sem perícias mascaradas e fingidas,
Agarro apenas um momento dilatado
Onde se resguardam todos os anseios eternos
De ter, estar,
de amar presença e sonho realizado...

Estendidos os lençóis do desvairo
E traçadas as ilimitadas esperanças de uma espera,
A paciência é tranquilizada pelas certezas…
Apenas o certo de uma vida incerta
é o amor sem Inverno ou Primavera!

S

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