Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

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2.7.09

Verbos Entrelaçados


















A manhã veste-se
E o seu olhar poisa no único rosto que ontem
Lhe enfeitiçou as pálpebras quando adormeceu!
Ela sorri enquanto saboreia a ilusão,
Espreguiça-se como o abraço que não deu,
E adivinha o beijo.
Onde estariam agora seus lábios?
Não importa.
Estão com ela…em seus delírios imaturos…
Em seus anseios inconsequentes,
Em suas mais deliciosas fragrâncias,
Seus segredos…
Ela se rende apenas em oculto.
Ela sente, adivinha… ela sabe…
Que se acordar ele não está,
Que nunca lhe dirá
Que o sonhou.
Tocou,
Acarinhou,
Saboreou,
Desvendou,
Partilhou,
Se entregou…
Em verbos entrelaçados…
Que foram apenas palavras
Soltas a uma brisa de verão,
A um poema, a uma canção
Sem voz.

S.

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