Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

29.9.09

Azul permissão














Nessas planícies azuis,
Enquanto dançam brisas que se beijam ao sol,
Há uma melodia terna e quieta,
Uma estadia secreta
De água perfumada de sal.
A visão deita-se no sombreado,
Entre o algodão e a maré,
Degusta a beleza e a ilusão,
Acredita que não há solidão
No horizonte inatingível
Pintado de mel.
O suspiro perfura a alma,
Explora jardins encantados,
Destila a lágrima mesclada
Entre o sorriso e a prostração,
E ela resulta cristalina.
Não há sombra nem neblina,
Não há verbo verbalizado,
Apenas aquele estado encantado
De quem quer apenas esvaziar-se de tanto,
Encher-se com tão pouco
Como essa imensidão indescritível,
Que se alinha com o céu,
Ao longe,
Tão distante,
E tão táctil
Como a espuma que beija os pés…
Não há medidas nem compassos,
Os rios param e o sol estaciona no entardecer,
A memória dormita,
Os medos escondem-se,
Não existe amanhã.
O agora é perfeito
Enquanto for permitido,
De sonhar, o direito!


S.

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