Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

15.4.11

O vento rouba-me o teu nome

Há um vento que me espera
Enquanto espero o som do teu nome.
Mas as correntes levam-no de mim numa maré sem volta
E a tempestade ergue-se gelando-me as entranhas.
Tenho as esperanças todas à solta
Divagam como folhas brancas vazias
De uma história por escrever, rascunho de medos e contenções.
Vejo teu sorriso estender-se e esfumar-se na neblina das tuas fraquezas.
Convertes as tuas forças em grãos de areia que vão e voltam
Sem que distem da mesma cova em que caíram.
Eu sou uma chama que te desvenda,
Sou um farol que temes fixar e alcançar,
Sou a maior das tuas delícias mais secretas, ainda por beijar.
Contentas-te com as mãos vazias
Quando poderiam sentir um oceano escorrer e brindar ao teu olhar.
Tens medo de ti.
Mas todos temos medo de nós.
E eu sou apenas tão fugidia quanto tu que acuso.
Sou tão frágil quanto as pétalas de uma flor
Que desfalecem num simples amargar
E perco as cores que me dás e roubas
Enquanto me tentas e me escapas
Com todos os mesmos medos que eu.

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