Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

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27.1.12

Ilhas d’ água





Ilhas suspensas
Estendidas,
Encolhidas,
De formas rendidas
Ao sabor de sonhos de água.

Mãos de vento modelam
Esses corpos macios
Como menino vadio
Que, do nada, inventa vida!

Vão de corrida
Atropeladas de azuis,
Águas rodeadas de ar
Que poisam sem pensar,
Que se esbarram em rugidos
Dividindo a cortina silenciosa
Sem porquê,
Do nada,
Esbofeteada!

Mutantes
Cortinados ao sol
Que em valsas seduzem seus encantos,
Beijam-no
Em sonhos multicor
Naquele abraço que desce ao mar
Num mergulho de poetas virgens

E as palavras mortas germinam
Peixes e algas,
Gotas que batem as palmas
E esvoaçam com a alma
De quem sempre regressa
Ao ninho de névoa branca
Em Ilhas suspensas
Estendidas
Encolhidas,
De formas que se deformam
Na película de uma história
Que se reinventa em cada olhar!

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