Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

28.10.09

Quietude Lunar















Quietude abraçada a mel e a cheiro-flor...
Livre a intocável magia, jardim suspenso,
assobio de oceano e concha,
lua feitiço, fábula mito...
Contam-se as distancias inexistentes,
franzidas em nada de água fugida,
o abraço omnipresente, invencível,
de uma nunca despedida...
O areal responde
a versos que absorveu outrora,
restaura pegadas nunca apagadas pelo tempo,
e na sua grandeza eu contemplo
um intemporal cenário de alma.
Tranças de arrepios arrebatados,
chão molhado de suor e prazer,
declamações exaustivas,
falésias de encantamento...
As dunas estendem-se em sorriso aberto,
soletram longos suspiros
que o mar bebe e se sacia,
incontrolavelmente,
sedento sempre
de mais uma gota escorrida...
Contemplo-te, luar sereno
e num mundo tão pequeno,
encontro-te maior que o infinito
na amplitude dos teus encantos
que apenas eu
e o teu mar
ousamos perscrutar....

S.

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