Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

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20.2.12

Fantasia



Selvagem tapeçaria
enrugada na folia
das avenidas dançadas
e espezinhadas
onde se colam cores,
brilhantes e flores,
rasto de pele suada
sambada,
esculpida
e nua.
Escondidas,
apanhadas e fugidas,
tropeços,
encostos,
deslizes dispostos
a esgrimas sensuais...
Trios de cores arregaladas,
suspiros, gritos banais,
o batuque,
e o truque
de anca ondulante,
seio dourado,
corpo bordado,
enrolado
no vértice da noite.
Segue, pára,
avança, roda, recua,
tapa, descobre,
difarce de lua,
feitiço irreverente,
noite fria quente,
vontade sem lei.
De amanhã nada sei
senão que hoje foi
ontem fantasia.

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