Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

8.4.09

AMANHÃ, O SORRISO...


















Não queria que fosse assim!
As flores em volta parecerem incolores,
as estrelas baças, as árvores cansadas...
Não sinto aquele calor de sol e chama
entre braços...
Os pirilampos recolhidos não me visitam,
Nem as rãs nos charcos dão-me serenatas!
Deslocou-se o sorriso de mim!
Deixaram-me assim!
Quando dei
ainda pensei
nada receber,
apenas perceber
que consegui dar...
Mas até isso pareceu fragmento.
Esvaziados esses momentos
em que fui eu a não pensar em mim...
As verdades que disse podiam ser escritas,
fariam estradas bonitas,
que levar-me-iam a mãos dadas,
a amizades sólidas.
Mas foram gélidas
essas mãos que me sugaram amor,
rasgaram-me em dor,
apagaram meu brilho aparente...
Não sabem que, mesmo doente,
minha alma clama em seu silêncio
e em si mesma se renova.
Amanhã dará prova
que não é alma triste,
que mesmo esquecida, existe.
E, nas suas grutas, há uma luz,
há tesouros que ninguém conhece
porque não soube desvendar
nem quis desfrutar
tanto amor que tem para dar...

5 Novembro 2007

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