Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

3.4.09

AREAL DOURADO















Estendo-me no meu areal dourado e negro
que me envolve e bebe,
de mim,
cada gota de sal...
Nem o sol lá no alto percebe
se o mar é maior que o meu pranto.
As estrelas calaram-se ante meu canto
e a minha lua não volta a ser a tua.
Já de costas ao mar, não o olho
para não me trazer o que quero esquecer...
Sei-o de cor, de azul e de sonho,
mas triste por me ver sofrer...
E escuto ainda o gemido
de suas ondas perdidas,
como piano desafinado
pelo poema apagado...
Letras que se foram
deixando apenas um rasto de ausência...
Não sei se fujo, se procuro,
se espero ou desisto...
nem a cor dos meus dias se define,
nem as minhas poesias
consigo dar à luz!
Como se algo em mim
me calasse assim...
como uma gota que cai
num copo de água,
e se vai...

S.
17Outubro2007

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