Entrevista com Sidónio Bettencourt na RDP Açores

Just a Silent thought to share

6.4.09

Hoje, o outrora de amanhã...













Fui assim,
como quem não arranca rumo ao definido,
saltitando aleatoriamente nas pedras recordadas,
qual gota que tenta subir o rio perdido.
Nada de novo, a não ser umas pequenas preciosidades,
umas simples aspirações que dariam outras madrugadas ,
aquelas simples emoções que projectei um dia
sem certezas de poderem ser horizonte merecido, alegria.
Não rasguei nada.
Cada instalação da exposta grandeza tão pobre
me foi cenário de alma, nobre,
a qual não me proponho condenar.
Perder tempo sem te-lo nas mãos é insano,
mas tributa-lo no ponto de fuga mais além
é dar-lhe filhos que a vida não tem
se não for eu a gera-los com a vontade de mim...
Recolhi apenas o que pude lá deixar sem esquecer,
molhei-me na frescura dos amores e das fantasias,
abracei de saudade os rostos e as alegrias
no gosto secreto de ainda ter algumas comigo hoje.
E então fui e voltei num suspiro profundo de sol,
numa resma de pensamentos expandidos
que estendi no quintal pela manhã, qual lençol...
Olhei-os, ordenadamente coloridos, e meu sorriso floriu
como se instantaneamente brotasse de mim,
e me mostrasse como hoje quero e devo voar
para dar ao agora a beleza do outrora de amanhã!

S

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